Discotecas

O ritual de sair à noite é isso mesmo; um ritual. E como todos os rituais tem a sua mistica e as suas superstiçoes. Nao, nao se trata de entrar com o pé direito quando entras na Kapital, nem de te benzeres quando vais ao Klub. Nao é nada disso, é parecido, mas nao é nada disso e com isto já disse "nao é nada disso" três vezes.

A noite começa com a escolha da roupa, uns boxers escuros mas sem manchas de semen para nao sermos envergonhados com a mitica "luz negra", umas sapatilhas escuras para nao as sujar todas e um trapo qualquer que ajude a libertar as hormonas das meninas, que é como quem diz "principio activo da tusa."
A roupa convém ser de marca pois parece que as raparigas sentem-se mais atraidas por gajos que gastam todo o dinheiro em roupa mesmo que estejam mal alimentados.

O segundo passo desta peregrinaçao é a viagem até à dita casa de diversao nocturna. Esta fase é sempre uma aventura na qual nunca se sabe o que acontecerá. Quem levará o carro? Quem ficará a olhar na discoteca encostado num canto a ouvir um repetitivo bum-bum?
No final como todas as histórias felizes o bom-senso impera e quase sempre se resolve o problema da maneira mais racional. Todos bebem e logo se vê...

O seguinte obstáculo é a triagem da discoteca. Coloquialmente falando a "bicha". E nesta parte desta aventura épica existem sempre 4 personagens que protagonizam o momento mais conflictivo da noite.
A gaja que passa à tua frente e que normalmente é uma betinha com uma mini-saia, e umas pernas e uns seios bastante agradaveis, mas que nem por isso deixa de ser uma pêga pois passou à tua frente. O gajo que fica duas horas na fila interminavel a beber o que trouxe de casa. O segurança que acordou alérgico ao azul e nao lhe apetece deixar entrar todos os gajos que trouxeram sapatilhas azuis, mesmo aqueles que dizem Armani em azul. E a RP, que normalmente é uma gaja boa que apareceu em segundo plano numa telenovela da TVI e que te informa que "A moda das sapatilhas "All-Star acabou à 5 minutos, agora só entra quem tiver sapatos de vela" e neste momento há duas opçoes: Ou tens uns sapatos no carro, ou tomas a atitude mais inteligente e tentas bater no segurança e se possivel apalpar a Relaçoes Públicas da discoteca. Se fizeres as duas coisas és mais que um herói, és um mártir.

Finalmente entras e com todos os teus amigos fazes que toda a gente faz... um circulo de diametro variavel segundo o numero de pessoas.
O resto da noite é passado a tentar levar uma moça para casa, beber bebidas estupidamente caras, manter as maos ocupadas com cigarros e copos para nao ter a tentaçao de tirar macacos do nariz. E saltar naquela última musica que toda a gente conhece.

Depois vem tudo para casa la para as 6/7h tentando atropelar o maior numero de padeiros que se encontrar na rua.

A noite é assim... feita com gente bonita, gira, glamourosa (nao e nenhuma doença na glande) e engraçadinha!