Mas que blog?

100% das pessoas que escrevem neste blog têm problemas psicologicos graves, e essas pessoas são estudantes de medicina (é triste, não é?) Tenham pena de nós e não nos processem por abusarmos da sorte.. Obrigado

terça-feira, dezembro 20, 2005

Posso-te violar enquanto cometo actos de canibalismo. Vá lá é Natal!

Pois é, o Natal está à porta... e temos que admitir que esta data é caracterizada pela "boa onda" de todas as pessoas, ou não fosse ela a comemoração do nascimento de um hippie.
Situações desagradáveis como um acidente de viação entre dois condutores são nesta altura do ano resolvidas com um pacifico: "Vá lá é Natal!".
O uso de drogas desculpabilizado com um: "Rola aí a cena ao ppl que é Natal".
Ou um soldado irado que diz enquanto baleia com a sua M5 um Iraquiano que lhe roubou o capacete: "Esta é pela minha mãe, esta é pelo meu companheiro John que um gajo parecido a ti matou e esta é pelo Natal".
Só paz e amor. O Natal é como o Woodstock que a igreja aceitou. Mas um bocadinho mais consumista, capitalizado e com menos orgias.

Pois, porque nesta altura do ano o tipico é dar prendas. Ou beijinhos...
Digamos que a minha familia me dá muitos beijinhos!
Definitivamente o Natal é sinónimo de presentes, brinquedos, bonecos que cagam, leitores de MP3 (prontos já referi o raio do velho), carrinhos telecomandados, anéis, perfumes, vales da Fnac, meias e boxers, stripers...e claro a Leopoldina.

Durante o Verão uma das coisas que mais gosto de fazer é pensar como será o Natal dos candidatos à presidencia da Républica anunciados no Outono.
Imaginem o Natal de Cavaco Silva: com um pinheiro enfeitado com valiosas jóias e rodeado de policias de choque para evitar que os seus netos roubem os presentes antes do tempo.

Agora o de Mário Soares: O velhote acorda cheio de alegria abraça a Maria, o João e grita "FELIZ NATAL". E é retribuido com "Mas Mário já estamos em Abril".

O de Jerónimo de Sousa seria no baile da Junta de Freguesia de Ferreira do Alentejo, cheio de lavradores prontos para esfaquear Durão Barroso com as suas enchadas novas de aço inoxidável que o Pai Natal tinha trazido.

Finalmente tentei recrear o Natal de Francisco Louçã (não, não vou mandar a piada da Vista Alegre. Não falarei de louça): O homem sentado sozinho no divã da sua sala, com um canhão na mão e com um vodka russo na outra a insultar o Pai Natal por abusar do proletariado da sua fábrica de presentes só porque são anões, por não respeitar o direito dos animais e obrigar as renas a fazerem trabalhos forçados e por se associar a uma multinacional de bebidas que simboliza o capitalismo desenfreado e o fim da Guerra Fria.

Quando digo Guerra Fria refiro-me obviamente às divergencias entre os USA e a URSS após a Guerra Mundia II (o Regresso) e não às lutas de bolas de neve que se fazem na Serra da Estrela entre ignorantes de Lisboa, e burgueses do Porto.
Mas o tema do "Olha é neve, é tão fria" fica para outra ocasião.

Bom Natal a todos, menos aos que morrem de fome em Africa que me tiram a vontade de festejar.
Demasiado chocante...? Afinal não é o que fazemos todos sem ter qualquer tremoço, digo remorso...
Pois mesmo não admitindo nunca nos lembramos deles, e no fundo são como ervas d'aninhas, estão lá por estarem, e ninguém se preocupa de pisa-las. A diferença é que não são verdes, são negros.

"White House, White House is on fire, we don't need water let the motherfucka burn, burn mothafucka, burn!!!!"
And now all Americans: "Follow the leader, leader, leader...

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